quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Alimentação e doenças crônicas


Uma alimentação equilibrada fornece ao organismo energia  e nutrientes para o bom desenvolvimento das atividades de cada pessoa, bem como a manutenção da saúde. Desta forma, sabe-se que prejuízos também podem ocorrer devido a alimentação, seja pelo excesso –obesidade – ou pela carência total ou parcial dos alimentos – desnutrição.
Vários estudos demonstram a relação entre alimentação e Doenças Cronicas Não Transmissíveis (DCNT) –hipertensãodiabetes, câncer, etc. Um exemplo clássico, é uma aliementação rica em gordura saturada e o aparecimento de problemas cardiovasculares. Diante de todos os perigos que uma alimentação inadequada pode trazer à população, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu guias que definem limites seguros para o consumo de determinados alimentos e ou nutrientes.
De alguns anos pra cá, campanhas envolvendo alimentação e nutrição surgem cada vez mais. Entretanto, percebe-se facilmente que todas as informações veiculadas não são devidamente seguidas. Atualmente, a alimentação carateriza-se pelo grande consumo de alimentos muito calóricos e industrializados - ricos em sódio, gorduras e açúcares simples – e reduzido consumo de frutas, verduras e legumes – fonte de vitaminas, minerais e fibras.
As DCNT são uma das maiores causas de morte, principalmente em países desenvolvidos e grandes cidades brasileiras. As DCNT não possuem uma única causa, geralmente seu surgimento se dá pela combinação de fatores genéticos com hábitos de vida, como atividade física e alimentação.
As recomendações dietéticas, para diabetes, hipertensão, colesterol elevado e demais problemas cardiovasculares, podem ser facilmente seguidas. Destaca-se que as recomendações são formuladas por órgãos competentes como a Sociedade Brasileira de Diabetes e Sociedade Brasileira de Cardiologia, por exemplo.
As principais recomendações são:
- Realizar de 5 a 6 refeições por dia, ou seja, comer pequenas quantidades várias vezes ao dia;
- Preferir alimentos integrais (pão, arroz, macarrão, bolachas);
- Aumentar consumo de frutas, verduras e legumes (variando sempre para se obter diferentes vitaminas e minerais);
- Ingerir diariamente leite e/ou derivados (uma das principais fontes de cálcio).
A alimentação é uma forte aliada na prevenção, entretanto, quando diagnosticada a doença, a alimentação deve ser encarada como um tratamento auxiliar ao tratamento medicamentoso, proposto pelo médico. Portanto, comece a cuidar da sua alimetação o quanto antes, ainda mais se existem casos de diabetes, hipertensão, entre outras, na sua família. Cuidar da sua saúde é o melhor presente que você pode se dar.



Referências Bibliográficas:
Monteiro, C.A; Mondini, L. Mudanças no padrão alimentar da população urbana brasileira (1962-1988). Rev. Saúde Pública, vol. 6. p. 433-439, 1994.

Willet, W.C. Diet and health: what should we eat? Science, vol. 264. p. 532-537, 1994.

Garcia, R.W.D. Reflexos da globalização na cultura alimentar: considerações sobre as mudanças na alimentação urbana. Rev. Nutr. Campinas, vol. 16. p. 483-492, out./dez., 2003.

Rego, R.A. Fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis: inquérito domiciliar no município de São Paulo, SP (Brasil). Rev. Saúde Pública, vol. 24. p. 277-285, 1990.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Brazilian Journal of Hypertension, vol. 17. n. 1. jan./mar.,2010.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretriz brasileira de diabetes.2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário